Quem Somos


APRESENTAÇÃO

O Programa de Formação de Executivos Escolares considera que o cenário e as novas demandas que vêm sendo esboçadas pela sociedade, indicam uma profunda revisão dos processos de formação dos gestores educacionais. Isto significa dizer que a concepção atual de gestão educacional impõe ao diretor novas competências e atribuições, cada vez mais qualificadas para atuar em campos complexos e responder as demandas individuais e coletivas, locais e globalizadas.
 A contribuição do Programa vem precisamente na formulação de novas estratégias que ressignificam o papel do diretor na gestão escolar e a ação da escola no contexto da comunidade. Ao concretizar-se como curso de formação continuada, coloca-se no centro das demandas verificadas pelas Secretarias Municipais de Educação (SME) em elevar os atuais indicadores de ensino e aprendizagem. Por seu turno, os dirigentes escolares, além de vivenciarem processos de defasagem em sua formação acadêmica, nem sempre a sua formação inicial se coaduna com a função que exercem na escola. O Programa  do Curso de Formação trabalha novas perspectivas de atuação que contemplam temáticas que ajudam a superar os desafios embutidos nas rotinas e relações  do cotidiano e no ambiente escolar.
O Programa de Formação de Executivos Escolares  busca portanto, dar conta da discussão referente à gestão escolar, enfrentando os desafios com competência técnica e política, como os de ordem pedagógica (parâmetros curriculares nacionais), econômica (globalização da economia, competitividade e exigências do mercado de trabalho), política (programas de descentralização da gestão educacional, inclusive financeira), metodológica operacional (novas tecnologias) e outros de relevante importância para a comunidade escolar.
O discorrer sobre a memória do Programa, a Coordenadoria de Formação de Executivos Escolares (CEFEB), integrante do Conselho de Educação do Ceará (CEC), chama a atenção para seus marcos legais, sua abrangência filosófico-metodológica, verificando que não se trata de improvisações, de algo pensado de cima para baixo, mas de uma proposta que nasce de demandas concretas, reais, oriundas da prática escolar.
Ver-se-á, a seguir, que o Programa se configura como um conjunto de revezamentos de uma prática à outra, ação de teoria, ação de prática em relações de rede, cuja finalidade é o crescimento profissional e humano do dirigente escolar e a melhoria social da qualidade da educação, numa escola concebida como pólo-cultural.


A gestão nas escolas públicas precisa, todavia, ser cada vez mais qualificada para responder as demandas individuais e coletivas, locais e globalizadas, o que requer investimento permanente na formação continuada dos gestores, precisamente para liderar a presença ativa da comunidade e dos professores, no dia a dia da escola.
A concretização dessa maneira de se pensar a gestão da escola exige a adoção de métodos inovadores, de baixo custo, que disseminem, para todos os professores gestores, os fundamentos básicos da ação pedagógica, que possibilitem fazer a diferença no diálogo e na construção de novas relações de espaços, tempos, pessoas e conhecimentos, tanto os do cotidiano quanto os universalmente sistematizados. O pensar e o agir assim postos enfrentará, com certeza, as dificuldades próprias desse tipo de inovação pedagógica.
Portanto, as dificuldades de um contínuo aperfeiçoamento por parte do corpo docente das redes públicas de ensino, notadamente em um tempo em que a celeridade dos acontecimentos que aí está, passa a interpelar esses profissionais no sentido de provocar as mudanças necessárias e freqüentes de suas práticas cotidianas. Daí surge a premissa de se trabalhar com estratégias que dêem conta de tais mudanças.
A formulação de novas estratégias que ressignifiquem o papel do diretor na gestão escolar e a ação da escola no contexto da comunidade fazem parte da proposta do projeto em curso, inserindo-se no interior das demandas verificadas pelas secretarias municipais de educação. Sua maior perspectiva está em elevar os atuais indicadores de ensino e aprendizagem e de oferecer aos dirigentes escolares novas oportunidades de atuação que contemplam temáticas capazes de superar as rotinas e relações vivenciadas pela comunidade escolar.
O Programa Formação de Executivos Escolares, em desenvolvimento pelo Conselho Estadual de  Educação é visto , em suas múltiplas dimensões, como uma oportunidade relevante de estudo crítico sobre a qualidade do processo de ensino e aprendizagem e suas conseqüências. Ao mesmo tempo, a configuração de um cenário social complexo e emergente acena para a necessidade crescente de se repensar a formação e a atuação dos profissionais da educação em temáticas que tratem das questões referentes a pluralidade cultural numa sociedade multicultural e globalizada.
 Contudo, isto não tem sido suficiente para resolver tensões e conflitos que surgem no cotidiano das práticas pedagógicas, nas diversas dimensões do currículo. As tensões e os conflitos, portanto, têm se revelado como reflexo de uma realidade que precisa ser repensada cotidianamente.
Este Programa de formação, no seu modo de ser operacionalizado abrange as exigências da formação continuada, não só de professores, mas de gestores escolares, constituindo-se como espaço legítimo para discussão e o aperfeiçoamento do trabalho realizado. Ocorre concomitante ao tempo em que se coloca como oportunidade ímpar o debate das questões que envolvem a cultura da escola e seus diferentes atores. A formação continuada deve contemplar momentos de sensibilização, investimentos na valorização e a incorporação de identidades plurais em políticas e práticas educacionais nas distintas instâncias do sistema educacional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) prevêem uma concepção cultural para a escola, considerando a valorização dos saberes e culturas locais. Esta recomendação gera uma possibilidade de mudança na própria concepção de escola, potencializando sua capacidade enquanto pólo difusor de conhecimento, mas, principalmente, inventor de uma escola - espaço de produção de cultura, de criação de saberes e de processos de singularização. 

 2. HISTÓRICO / CONTEXTUALIZAÇÃO

Numa iniciativa do Conselho Estadual de Educação (CEE), iniciou-se, em 2008, o Programa de Formação para Executivos Escolares da Educação Básica, idealizado por seu presidente Professor Edgar Linhares Lima, e desenvolvido pela Coordenadoria de Formação de Executivos Escolares (CEFEB), integrante da estrutura orgânica do CEE.
Originariamente, pensado para atender à demanda da rede estadual de ensino, o Programa teve início em fevereiro de 2008, destinado aos diretores da rede escolar estadual de Fortaleza. A equipe da CEFEB contava apenas com três professores, três psicólogos e três pessoas na coordenação e apoio administrativo.
A etapa inicial foi realizada envolvendo os 156 diretores da rede estadual da capital, com prioridade em leituras sobre aspectos pertinentes ao desenvolvimento do currículo e de atividades grupais. Tais atividades foram destinadas ao intercâmbio de experiências e valorização do trabalho realizado nas unidades escolares pelos próprios cursistas.
A metodologia de implantação da proposta inicial da formação foi desenvolvida por meio de palestras, seminários, discussões, leituras, encontros grupais, contando com a presença dos professores formadores do curso.
No mesmo período foi oferecido curso de inglês como forma de motivação ao acesso de leituras disponíveis na internet e preparação para ingresso em mestrado e estudos posteriores.
Em novembro do mesmo ano, ocorreu a deflagração do processo de seleção e eleição para os diretores das escolas estaduais. A partir de então, as atividades do Programa de Formação priorizaram o apoio aos diretores no que se refere ao conteúdo destinados ao processo seletivo, tais como: aulas, reprodução de textos, leituras, dentre outras.
Em junho de 2009 , o foco do Programa foi redirecionado ao atendimento dos gestores escolares das redes municipais numa experiência de Projeto Piloto  no Município de Horizonte, para o aperfeiçoamento metodológico e formulação dos conteúdos da proposta curricular do Curso de Formação de Executivos Escolares. Realizada de junho a novembro de 2009, contou com a participação de 42 diretores de escolas do citado Município, onde foi desenvolvido um programa elaborado em consonância com os objetivos do curso e as demandas da Secretaria Municipal de Educação (SME).
Os resultados apresentados pelo Município, por intermédio dos documentos coletados, depoimentos e do grande interesse demonstrado no desenvolvimento do curso, indicaram que os passos dados estavam no rumo certo.
Definiu-se, em janeiro de  2010, a formação do primeiro grupo (G1) para dar início a uma nova fase do Programa.  A idéia inicial era formar cinco Pólos,  no entanto, com a grande demanda e adesão dos municípios, foi necessário formar 15 (quinze) Pólos, envolvendo 37( trinta e sete) Municípios, para o atendimento de aproximadamente 1.200( hum mil e duzentos) diretores dos próprios Município e/ou de Municípios circunvizinhos. Esta estratégia foi possível por meio de importantes parcerias firmadas entre as prefeituras/secretarias de educação, que favoreceram a parceria e integração de até 06 (seis) municípios por pólo, gerando uma rede de solidariedade, de troca de experiências, de conhecimento e de gestão compartilhada.
Atualmente, a demanda permanece crescente e o Programa já está atuando em 85 (oitenta e cinco) Municípios, que correspondem a 46.19% do total de Municípios do Ceará, organizados em 27 pólos de formação e envolvendo 2236( dois mil duzentos e trinta e seis) cursistas, o que representa 32.65% dos diretores de escola das redes municipais.
Os conteúdos da formação estão pautados nos referenciais teóricos e pedagógicos da gestão e nas prioridades diagnosticadas pelos formadores com os cursistas. São articulados, durante o processo formativo, com as políticas e diretrizes emanadas para a educação básica no contexto contemporâneo. Dessa forma, vem favorecer a aprendizagem significativa dos alunos das redes públicas municipais do Estado.
O esforço do CEE é criar, portanto, condições para que os gestores possam desenvolver competências no trato das questões pertinentes ao desempenho da ação educativa. Além disso, ampliar e ressignificar conteúdos, otimizar investimentos e tornar a escola pública municipal uma referência, especialmente, para os seus principais atores e protagonistas.
A idéia disseminada pelo atual presidente do CEE, professor Edgar Linhares,  considera que o Conselho, além de um órgão fiscalizador e burocrático, deve priorizar suas ações na proposição de políticas educacionais, apontando para uma mudança na concepção das funções da instituição. Nessa direção, a CEFEB vem investindo na possibilidade de concretização de tal mudança, alicerçada pela concepção de política sustentada na experimentação. Assim, está posta uma política que rompe com a noção simplista e a postura verticalizada, baseada na unilateralidade de determinações e modelos, sem que seja possível apreender a singularidade de cada município.
É oportuno esclarecer que uma experimentação distingue-se de uma experiência. Ela é o exercício do pensamento e do revezamento das teorias e das práticas, que além de serem inseparáveis, consideram todos os seus componentes no processo de criação de algo novo que responda às demandas de cada contexto escolar. Assim, os participantes do Projeto deixam de operar por representação, potencializando as capacidades de invenção e criação de alternativas aos modelos educacionais já existentes, convertendo-as em ações políticas que sejam condizentes com suas vivências.
Neste sentido, a experimentação já consiste em uma política que incita uma mudança na percepção da educação a partir das práticas dos Municípios cearenses, a fim de criar políticas capazes de fomentar uma direção para a ação educacional do Estado do Ceará.
Nos últimos anos, a profissionalização de diretores escolares, professores, coordenadores, orientadores educacionais e de todos os atores envolvidos no processo de gestão escolar é tema de intensas reflexões nos debates e pesquisas educacionais. O processo de profissionalização dos que atuam na educação abrange a formação continuada, a valorização de seus saberes práticos e pedagógicos e a prática reflexiva. Sistemática assim concebida estimula a atitude de sujeitos críticos, capazes de refletir sobre suas ações, de modo a produzir saberes que lhes permitam avançar em práticas pedagógicas cada vez mais significativas e relevantes no contexto em que atuam.
Entende-se, portanto, que a escola é uma instância de formação e de exercício de cidadania, lugar de ensino, de aprendizagem e de enriquecimento cultural. É a escola que busca a educação pública de qualidade que exige a não dicotomização dos aspectos de natureza social, cultural e política do processo educacional em que se encontram os profissionais da Educação.
Vê-se, então, que o cenário e as novas demandas que vêm sendo esboçados pela sociedade exigem uma profunda revisão dos processos de formação dos gestores educacionais.
Na concepção atual da gestão educacional, o diretor não é um mero administrador de recursos humanos e materiais, ele precisa ter competências para atuar em campos mais complexos. Isto exige que a gestão nas escolas públicas precisa ser cada vez mais qualificada para responder aos desafios individuais e coletivas, locais e globalizadas, requerendo investimento permanente na formação continuada dos gestores para liderar a presença ativa da comunidade e dos professores no dia a dia da escola.
A leitura dos contextos onde as escolas estão inseridas, sinalizam para a concretização dos objetivos do Programa, a adoção de métodos inovadores e de baixo custo. São objetivos e métodos que disseminam, para todos os professores gestores, os fundamentos básicos que possibilitam fazer a diferença no diálogo e na construção de novas relações de espaços, tempos, pessoas e conhecimentos, tanto os do cotidiano, como os universalmente sistematizados.
As dificuldades de um contínuo aperfeiçoamento por parte do corpo docente das redes públicas de ensino municipal se acentuam no tempo presente, em que a celeridade dos acontecimentos exige desses profissionais mudanças freqüentes de suas práticas cotidianas, o que sugere a formulação de novas estratégias que ressignificam o papel do diretor na gestão escolar e a ação da escola no contexto da comunidade


 3. OBJETIVOS

Gerais

ü  Promover a atualização sistemática dos executivos escolares, no âmbito das escolas públicas do Estado do Ceará, mediante formação continuada e acompanhamento.

ü  Investir na formação continuada dos gestores das escolas públicas municipais, de modo a repercutir na qualidade do ensino e da aprendizagem dos alunos, com reais evidências na elevação dos índices de desenvolvimento da educação básica.

ü  Ampliar os conhecimentos dos gestores escolares no que se refere ao planejamento e à gestão, como processo de construção coletiva, estímulo à realização e ao aprofundamento de estudos numa perspectiva de formação continuada.


Específicos

ü  Superar as concepções fragmentadas do processo educacional, contemplando as dimensões do trabalho pedagógico;

ü  Desenvolver estratégias que favoreçam o diálogo permanente entre teoria e ação educativa propiciando oportunidades aos gestores para o exercício de práticas inovadoras nos processos de planejamento e avaliação da gestão escolar;

ü  Estimular o desenvolvimento de práticas de gestão democrática e de organização do trabalho pedagógico que contribuam para uma aprendizagem efetiva dos alunos, de modo a incidir, progressivamente, na melhoria do desempenho escolar;

ü  Valorizar a prática profissional concreta dos gestores mediante o incremento do intercâmbio de experiências sobre a gestão escolar e implementação do projeto político pedagógico.



O aperfeiçoamento da gestão educacional das unidades escolares de educação infantil e ensino fundamental das redes municipais a fim de que possam oferecer um atendimento escolar de qualidade à população, requer que seus gestores tenham domínio satisfatório sobre os seguintes habilidades e competências:

Ø  Conhecimento sobre a legislação e normas vigentes que respaldam os processos necessários a condução da gestão escolar e implementação das políticas voltadas ao desenvolvimento do ensino e da aprendizagem;

Ø  Fortalecimento do papel do planejamento nas unidades escolares, para que os gestores e o corpo docente possam analisar e efetuar os ajustes sistemáticos nos resultados do trabalho pedagógico de modo a promover o aperfeiçoamento contínuo do currículo;

Ø  Acompanhamento sistemático da aprendizagem dos alunos por meio dos resultados da avaliação interna e externa e das demais atividades pedagógicas;

Ø  Dinamização das relações micropoliticas com os diversos segmentos da comunidade escolar e com os órgãos/instituições gestoras da educação.



 5. PRESUPOSTOS NORTEADORES

O Programa de Formação de Executivos Escolares do CEE instituiu como princípios norteadores de todo o processo, aqueles elementos que articulam formas de pensar e de agir inovadoras, partindo do que significou para os profissionais da educação o seu processo de formação inicial.
Já a formação continuada dos gestores escolares e outros profissionais da educação é um ponto central das políticas de aperfeiçoamento profissional e de reflexão das práticas cotidianas escolares. Contempla, não apenas a dimensão objetiva da competência técnica, mas ainda o autoconhecimento, a autonomia e o compromisso político, constituindo-se, enfim, num exercício de cidadania.
Considera também, como essenciais, os saberes e experiências dos profissionais, suas capacidades de reflexão da prática e sua participação na organização das propostas de formação, na escola, nas propostas mais amplas advindas das instâncias coordenadoras de políticas públicas educacionais. Essa participação dos profissionais da educação, da comunidade, das famílias e dos próprios alunos nas decisões e deliberações relativas à gestão escolar compõe um importante conjunto de experiências para cada participante do processo formativo. Daí a importância de se potencializar o diálogo entre os participantes da instituição escolar, possuidores de diferentes saberes, muitos deles desconsiderados pela chamada “cultura erudita”. Isto só ocorrerá quando a Formação de Executivos Escolares se tornar um espaço de ressignificção de práticas pedagógicas, Locus propiciador da construção/implementação das políticas de qualidade do ensino e de inclusão social.
Nesta direção, a inserção da metodologia de revisão e construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) na 2ª etapa do processo formativo torna real a articulação da teoria com a prática. O PPP passa a ser concebido como um instrumento que contempla um conjunto de experiências, que vem favorecer o desenvolvimento da cidadania plena dos sujeitos e elemento de sustentabilidade no antes, no durante e no pós-formação, e será construído, pensado e avaliado por todos e referenciado nos interesses da maioria da população escolar.


6. EIXOS TEMÁTICOS

   6.1  Projeto Político Pedagógico

A inserção do PPP passa a ser então o grande eixo articulador  do currículo a comportar o chamado ato pedagógico, unidade de ação/reflexão/ação, promotora de práticas educativas coletivas, ativas, racionais, relacionais e transformadoras da realidade global. Na sua natureza se insere o caráter da sociabilidade e, embora se constitua como lugar de amplas disputas, assegura a veiculação de idéias, comportamentos e valores que refletem a diversidade de nosso país, favorecendo a construção de uma sociedade democrática, solidária, com soberania popular. É por isto que integra o ato pedagógico a questão do espaço físico escolar, aqui entendido como espaço proporcionador das condições necessárias à oferta de um ensino digno, com qualidade social.
Assim, é oportuno chamar a atenção para os elementos que sintetizam os conteúdos trabalhados no processo de construção coletiva do PPP:
1º) A apropriação de conhecimentos, valores e atitudes devem contribuir para a valorização da prática profissional dos gestores escolares, numa postura inovadora, através de resolução de problemas;
2º) A criação e o desenvolvimento de redes de intercâmbio de experiências e informações em gestão escolar integram o conjunto das condições de sustentabilidade do Programa;
3º) A formação continuada dos profissionais da educação, com o desenvolvimento de competências e habilidades, tem como meta o pleno exercício de suas atribuições;
4º) A formação dos gestores escolares da educação básica deve ser compatível com as necessidades e contextos da gestão escolar embasados em elementos teórico-práticos.
5º) As famílias e comunidades precisam estar em sintonia com os processo desenvolvidos na/pela escola, sempre no contexto da gestão escolar.
6º) O papel da educação, da escola e do Projeto Político-Pedagógico (PPP) no cenário contemporâneo constitui um elemento de permanente reflexão que motiva, questiona, articula, contextualiza, avalia e norteia todo o processo formativo dos gestores escolares.
A escola como catalisadora investe na transversalização de saberes, abrangendo os processos criativos e artísticos em direção à afirmação dos modos de existência, com seus traços singulares. Estes processos geram uma combinação do conhecimento com os saberes locais que variam conforme o grupo e a comunidade envolvidos, sendo por isto, criativos e singulares.
           Seis eixos ou focos , abaixo relacionados, congregam as disciplinas e módulos do Programa: 

      
EIXO
FOCO
EIXO ARTICULADOR
I
Gestão escolar na relação pessoa, família, comunidade no contexto educacional.

PPP :
TECENDO CONCEPÇÕES E AÇÕES INTEGRADORAS
II
Gestão escolar nas dimensões de planejamento, funcionamento, legislação do ensino, avaliação.
III
Gestão escolar nas interfaces com o ensino, a aprendizagem, o currículo.
IV
Gestão escolar em complementaridade com o planejamento, as políticas públicas e as novas tecnologias da informação e comunicação.
V
Gestão escolar nos vieses da inclusão social, cidadania e educação socioambiental.
VI
Estudos complementares para extensão e especialização em gestão escolar  *

* Este Eixo é destinado às disciplinas complementares para a certificação da especialização em gestão escolar para os cursistas que optarem por esta habilitação.



 7. MARCO LEGAL

O Programa de Formação de Executivos Escolares, ao configurar-se na Modalidade de Curso Presencial e de Atividade Individual e de Grupo, tem como novo marco legal o Decreto o Decreto Nº 29.761, 22 de maio de 2009 que, no seu Artigo 4º -Alínea IV,  que define a estrutura organizacional básica e setorial do Conselho Estadual de Educação (CEE) como órgão, inclusive, de execução programática.
As concepções, aqui, esboçadas, norteadoras dos conteúdos e atividades do Programa, além se terem o respaldo legal em nível de CEE, mediante o decreto já citado, são mencionadas em diferentes momentos da própria LDB, nos seus artigos1º - 3º - 4º - 26º, a seguir reproduzidas:
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
(...)
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
(...)
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
(...)
X - valorização da experiência extra-escolar;
(...)
Art. 4º. O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
(...)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
(...)
Art. 26º. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
(...)
§ 2º. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.


             Cf. FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. p. 69,70.

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